
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta semana, o inquérito que apurava um caso de violência extrema que chocou a comunidade do distrito de Vargem Grande, em São João do Manteninha. O episódio, ocorrido no último dia 19 de novembro de 2025, envolveu um grupo de adolescentes que atraiu e torturou uma menina de apenas 12 anos.
A investigação confirmou a gravidade dos fatos, indiciando os envolvidos por atos infracionais análogos aos crimes de tortura e registro não autorizado de intimidade.
De acordo com o apurado pelas autoridades e confirmado pela nota oficial da Delegacia de Mantena, o crime foi premeditado. A vítima, uma menina de 12 anos — que segundo relatos da comunidade é órfã e criada pela avó —, foi atraída até uma residência sob o falso pretexto de realizar um trabalho escolar com colegas.
Ao chegar ao local, a armadilha se revelou. A estudante foi surpreendida por um grupo de outros adolescentes e submetida a uma sessão de espancamento e terror psicológico.
O relato policial descreve cenas de barbárie. A vítima sofreu golpes na região das costas e foi empurrada em direção a um córrego. Além da agressão física, houve grave ameaça com o uso de uma arma branca (faca), utilizada para intimidar a jovem.
A violência não parou por aí. A menina foi obrigada a retirar suas roupas enquanto era mantida sob um jato de água fria e recebia tapas e socos no banheiro. Toda a ação, incluindo a nudez forçada da vítima, foi filmada e fotografada pelos agressores.
As imagens humilhantes foram compartilhadas em grupos de mensagens, expondo a intimidade da vítima perante a sociedade local. O caso chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar, que agiu imediatamente para garantir a proteção da menor, encaminhando-a para atendimento médico e acionando a Polícia Militar.
A Polícia Civil de Mantena agiu com rigor. Durante as diligências, foram ouvidos todos os adolescentes envolvidos, acompanhados de seus responsáveis legais. Os agentes apreenderam os aparelhos celulares utilizados para registrar as agressões e a faca supostamente usada nas ameaças.
Em nota oficial lida pelo Conectshow Notícias, a PCMG informou que:
"A investigação identificou indícios de atos infracionais análogos ao crime de tortura e ao registro não autorizado de intimidade [...] O procedimento foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público na data de 02/12/2025".
O caso agora segue sob segredo de justiça, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A sociedade de Vargem Grande e região, ainda abalada, aguarda agora a decisão do Judiciário sobre a aplicação das medidas socioeducativas, que podem incluir a internação dos envolvidos devido à gravidade dos atos.
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