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Infraestrutura como alavanca da sustentabilidade é destaque em painel do Summit Agenda SP + Verde

Especialistas e gestores públicos defenderam que o planejamento de obras, com foco em concessões e visão de longo prazo, é crucial para um desenvol...

04/11/2025 às 18h13
Por: suporte Fonte: Secom SP
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Infraestrutura como alavanca da sustentabilidade é destaque em painel do Summit Agenda SP + Verde

A infraestrutura deve ser encarada não como uma barreira, mas como uma poderosa alavanca para a sustentabilidade. Esta foi a tese central defendida por especialistas e representantes do governo paulista durante o painel “Construindo Futuros Sustentáveis: A Infraestrutura como Agente de Transformação”, realizado nesta quinta-feira (4) no Summit Agenda SP +Verde. O debate destacou a necessidade de um planejamento integrado que una concessões, recuperação ambiental e uma visão de longo prazo.

Mediado por Marcelo Donnini Freire, Presidente do ICT Sigma, o evento contou com a participação de Natália Resende, Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil); Brendon Ramos, CEO da Via Appia; Carlos Piani, CEO da Sabesp; e a palestrante Natalia Marcassa.

Acompanhe em tempo real a programação do Summit Agenda SP+Verde

Ao abrir as discussões, Marcelo Freire estabeleceu a conexão indissociável entre progresso e natureza. “Os frutos do ser humano também são frutos do meio ambiente”, afirmou.

Planejamento – A secretária Natália Resende foi enfática ao declarar que o governo tem trabalhado para demonstrar na prática o impacto do meio ambiente no dia a dia da população. Ela explicou que o ambiente urbano demanda infraestrutura com planejamento detalhado, tanto em modelos de concessão quanto na capacidade de agregar soluções sustentáveis. “Precisamos discutir planejamento e recuperação”, reforçou, sinalizando que o foco deve estar tanto na construção do novo quanto na correção de passivos ambientais.

Um dos pontos altos da apresentação de Resende foi a defesa de uma matriz de transporte multimodal, estado hoje excessivamente dependente do modal rodoviário. “Temos uma matriz muito baseada em rodovias, isto não é só no Brasil. E temos que olhar como os transportes se equilibram, em uma lógica de sustentabilidade”, ponderou.

A secretária ilustrou como a infraestrutura de transporte pode ser desenhada para minimizar impactos. “Não é à toa que quando falamos em rodovia a gente traz à tona passagens de fauna, restauração, drenagem etc”. E destacou o conceito de “investimentos cruzados”, estratégia que busca sinergia entre diferentes projetos, onde os recursos e benefícios de uma obra potencializam outras, criando um ecossistema de desenvolvimento mais eficiente e com menor custo ambiental.

Natália também afirmou que o estado pretende não apenas estimular novas ferrovias, mas também recuperar e modernizar trechos ociosos existentes e reforçou a política de adotar uma abordagem multimodal, onde cada tipo de transporte é empregado onde é mais eficiente.

A secretária também citou um estudo realizado com a Fiesp que apontou um potencial de produção de biometano capaz de suprir 40% da demanda da indústria paulista. Na gestão de resíduos, ela destacou o programa Integra Resíduos, que visa reduzir os efeitos do lixo nos cofres públicos municipais. “Mais 199 municípios paulistas contratam serviços que precisam percorrer mais de 50km para transportar lixo. O que isto sobrecarrega? Nossas rodovias, o pavimento, emite mais gás carbônico. E isto é meio ambiente”, argumentou, defendendo a necessidade de se alcançar escala nas soluções.

Frota– Alinhada à nova cultura corporativa, a Via Appia, representada por seu CEO Brendon Ramos, anunciou a intenção de eletrificar sua frota operacional. A medida colocará a empresa na dianteira do setor, com previsão para se tornar a primeira concessionária de rodovias do Brasil com frota 100% elétrica até o final de 2026, atingindo a meta de carbono neutro.

“Nosso primeiro valor é respeito à vida em toda a sua forma. E dentro de nossas atividades, todo o capital que tem retorno ao social, nós estamos indo atrás”, declarou Ramos. O executivo citou como exemplo prático dessa filosofia os trabalhos de recreação desenvolvidos em parceria com institutos em comunidades no entorno do Rodoanel, reforçando que tais iniciativas transcendem o marketing e são uma necessidade empresarial na atualidade.

Saneamento – Do lado do saneamento básico, Carlos Piani, CEO da Sabesp, dimensionou o desafio nacional: 90 milhões de pessoas no Brasil ainda não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto, um déficit que demanda cerca de R$ 900 bilhões em investimentos para ser zerado. Diante desse cenário, Piani destacou a meta agressiva da companhia em São Paulo, que antecipou em quatro anos o prazo para universalizar o serviço no estado.

“Nosso propósito é fazer esse resultado trazendo valorização ambiental”, afirmou. O executivo apontou um dos maiores obstáculos ambientais do setor: o alto consumo de energia. “O setor de saneamento é um dos mais intensivos em energia elétrica e temos um esforço muito grande em limpar nossa matriz energética”. Para enfrentar esse desafio, a Sabesp possui um projeto ambicioso de gerar, internamente, 60% da energia que consome a partir de fontes renováveis.

Mais ferrovias – A palestrante Natalia Marcassa, por sua vez, destacou avanços na infraestrutura ferroviária paulista, mencionando a eficiência energética dentro dos vagões. Ela citou a construção da primeira ferrovia greenfield de 740 km no Mato Grosso, com a primeira parte da obra sendo entregue em junho, a partir de Rondonópolis. O projeto, que deve alcançar Lucas do Rio Verde, visa reduzir as emissões de carbono do transporte rodoviário de cargas. Marcassa também afirmou que a empresa fará “robustos investimentos” em SP este ano para expandir suas capacidades.

A executiva também abordou os custos do setor. “Um quilômetro de ferrovia está custando R$ 25 milhões, o que é relativamente mais caro que os R$ 20 milhões por km do Rodoanel. Então, o privado realizando, ninguém mais tem dúvida, o papel [do setor público] tem um papel importante de fomentar políticas públicas e financiamentos menores”, concluiu, enfatizando a importância das parcerias público-privadas.

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