
Em pleno mês de junho, alunos do turno matutino da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sebastiana Grilo, localizada no distrito de Lajinha do Pancas, no município de Pancas-ES, ainda enfrentam sérias dificuldades com a merenda escolar. Mesmo com promessas feitas desde o início do ano letivo, os estudantes continuam recebendo diariamente apenas pão com suco como refeição.
A situação atinge de forma ainda mais grave os alunos da zona rural, que saem de casa por volta das 5h30 da manhã e só retornam às 13h30 — muitas vezes com o estômago vazio. “Meu filho está no terceiro ano. Ele e os colegas estão há meses comendo só pão e suco. Já conversei com a direção da escola, mas nenhuma providência efetiva foi tomada”, relata uma mãe indignada.
De acordo com o cardápio oficial da Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU), enviado à escola e divulgado semanalmente, a alimentação dos estudantes consta de pão com diferentes acompanhamentos e sucos.
A justificativa inicial para a merenda incompleta foi a ausência de um fogão na escola. Após meses de espera, o equipamento finalmente chegou, mas agora a direção alega que não há merendeira disponível para preparar os alimentos, não tem gás e nem utensílios, como panelas, por exemplo. Enquanto isso, cerca de 140 alunos continuam a depender de um lanche insuficiente para suas necessidades diárias.
A situação fere diretamente o direito à alimentação escolar garantido pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que prevê uma nutrição adequada como suporte à aprendizagem. Para muitos estudantes da zona rural, a merenda é a principal refeição da manhã.
Pais e responsáveis cobram das autoridades competentes uma solução imediata. “É inadmissível que, em 2025, ainda estejamos passando por isso. A comunidade escolar precisa de respostas, mas, acima de tudo, de ação”, conclui a mãe.
A reportagem aguarda posicionamento da direção da escola e da Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo.

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